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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Record, dá para chegar em 1º pensando em Datena, Mion, Gugu?

A coisa não anda bem na Record. Primeiro a audiência pífia da novela Balacobaco, apesar da ótima qualidade técnica ( não falo do roteiro, nem atores ), depois um Gugu milionário tendo que “alongar o anão” para manter-se competitivo, acrescentamos o programa da tarde de Ana Hickmann sem provar à que veio, o Got Talent precário, Justus perdido na madrugada de segunda, uma minissérie caríssima competindo com Ratinho e um ótimo e inédito CSI não alçando voo.




Precisamos de uma rede com os pés firmes na realidade, que saia do conforto da grade mexicanizada e consiga alçar seu produto interno aos padrões de qualidade da concorrência. Precisamos de uma Record que não pense novamente em jogar na tela uma novela colombiana onde Zorro é o principal personagem, ou que não coloque monstros em sua dramaturgia, que não dependa de desenho animado do Pica-Pau para enfrentar seus concorrentes. Precisamos de muito mais e torcemos para que o coelho saia ainda com vida da cartola.



Até agora pensou pequeno. Pensou em Datena, achou que Gugu fizesse milagres, deu à Ana um status completamente inatingível, confiou em Brito Jr. para algo diário, investiu em uma rede de notícias; de uma forma geral, fez tudo errado. Até no Mion confiaram. São pessoas apropriadas para outro patamar de audiência. São bons no que fazem, porém jamais chegarão lá.



Depois de acompanhar durante anos a batalha da rede e ver atingir uma média de apenas 6 pontos, depois de tanto investimento, tantos milhões ganhos no grito ( dos pastores ) e ver sair de 1 para estes poucos 5, tenho a impressão de que além de nós, Sílvio era outro que sentou no sofá e foi ver a banda passar.



Os erros da rede estão tão na cara, são tão óbvios, que chega a ser vergonhoso citá-los. Quando Gugu foi para lá à peso de ouro, não vi como ele conseguiria se manter em 2º. Em entrevista, disse que “Sílvio apoiava sua mudança”, mas, também, se você sabe o prejuízo que determinada ação causará para o concorrente, fala isso, mesmo. Amigos aparte, 3 milhões para um simples apresentador que cantava “O Pintinho Amarelinho” foi a piada da vez. Sílvio deu corda.



Quando o dono do SBT notou que perdeu quase metade de sua audiência, e com isso não teria como sustentar uma grade poderosa, recolheu o anzol e esperou a tempestade passar. E na hora de recolher, até que não nos deixou na pior, manteve Warner, novelas mexicanas para as donas de casa, caprichou no jornalismo, abocanhou Eliana, Gabi e redescobriu Portiolli. Até novela nacional ele conseguiu acertar.



Agora fica lá, fazendo a Record investir mais um pouco, mostrando um pouco mais sua ânsia, como o gato que brinca com a presa. Tem gente dizendo que a Record deveria alugar parte de seu centro para a Globo pois, enquanto ela não tem braços para mais produções, a outra está transbordando em realizações. O resultado desta batalha toda foi: um SBT mais maduro e uma Globo mais afinada.



Não foi bom para nós. O certo é termos 3 ou 4 redes disputando o primeiro lugar. O correto é ver o bolo comercial ser dividido em fatias semelhantes, para que todos possam desenvolver suas produções com igual segurança. Mas pensar no certo em nosso país, é pedir para sofrer e nada mais. Certo mesmo, aqui no Brasilzão, é ver a onda e saber como diminuir o impacto e ainda utilizar para uma brincadeira.



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