Por mais maravilhosa que seja a carreira de José Wilker no cinema e nas novelas, suas últimas participações na Globo e os programas escolhidos para homenageá-lo chegam a ser quase uma ofensa.
Numa dessas tristes coincidências da vida, José Wilker esteve presente semana passada no “Vídeo Show” e teve um programa que apanhou do “Balanço Geral” da Record. Uma semana depois, o mesmo programa terá uma nova exibição das cenas em meio a novas matérias de outros programas da casa. Assim como os outros atores que participaram do programa, Wilker pagou aquele mico disfarçado de homenagem e relembrou grandes papéis, como o bicheiro Giovanni Improtta e o divertido Jesuíno de “Gabriela”. Para não parecer apenas um requentamento de programa fracassado, a Globo incluiu gravações dos bastidores, mostrando como José Wilker se preparou para participar, além de momentos inéditos.
Essa é apenas um dos casos de mau gosto envolvendo o nome do ator falecido. No último sábado, assim como na noite de hoje, a Globo passa em seu horário de filmes o longa “Giovanni Improtta”, dirigido pelo ator e estrelando o querido personagem de “Senhora do Destino”. Seria uma oportunidade ótima de homenagem… se o filme não fosse ruim. A Globo perdeu uma grande chance de ter exibido sábado de madrugada um filme como “Bye Bye Brasil” com um José Wilker bem mais interessante.
Sua última participação em novelas foi tão pífia que Walcyr Carrasco chegou a twittar de como o José Wilker estava fantástico em “Gabriela”, seu penúltimo papel. Isso porque nem o autor deve se sentir confortável de ter dado um dos piores personagens da carreira do ator, o insosso doutor Herbert de “Amor à Vida”, a José Wilker. Ficou aquela impressão que podia ter parado no maravilhoso Jesuíno.
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