Fernanda Montenegro, grande dama da dramaturgia brasileira, não descansa aos 84 anos. “Trabalho como uma vaca”, disse, bem-humorada, em entrevista ao jornal carioca Extra.
Fernanda também afirmou que não se coloca em um pedestal, como alguns famosos fazem: “Sucesso é assim: você faz o maior sucesso hoje. Se amanhã, por azar, você não der conta de alguma coisa, o sucesso acaba na mesma hora. O sucesso vai de acordo com o vento. Nada segura nada. Não é matar um leão, é matar três leões por dia. Basta um fracasso para sua vida toda ficar em dúvida. Um dia, achei que podia fazer alguma coisa no teatro e descobri que era algo que eu não só poderia fazer como não poderia viver sem. Estou nisso há 70 anos. Foi uma vocação que se fez em mim. E nunca me coloquei em um pedestal por fazer sucesso”.
A atriz também disse que ficou muito abalada com a morte de José Wilker: “A morte do José Wilker foi um estupor, um susto. De vez em quando isso acontece, a gente fica desfalcado, sem reposição de peça. É uma falta, uma falha, uma tristeza sem reposição”.
Vale ressaltar que Fernanda volta a reprisar o papel de Nossa Senhora no filme A primeira missa ou tristes tropeços, enganos e urucum, da cineasta Ana Carolina, em cartaz nos cinemas brasileiro s.A primeira vez que interpretou a santa foi no sucesso O Auto da Compadecida, de 2000. “Só não me desespero de fato porque sou uma vocacionada e gosto de trabalhar, mas não me vejo nessas pompas e circunstâncias. A vida aqui embaixo é muito mais dura, desafiadora e batalhada”, completa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário