A SÍNDROME DA REPRISE
O grande sucesso de Rei Davi começa a ser ameaçado, não por uma atração global, mas pela “Síndrome da Reprise” que assola a Record.
O segundo episódio da Minissérie (que foi ao ar anteontem!) será reprisado hoje à noite. Este excesso de reprises pode promover uma “Overdose de Davi” e acabar desgastando um produto novinho em folha.
Por ter sido concebido e vendido como um trabalho especial e caprichado, Rei Davi deveria manter apenas suas duas exibições semanais, frequência esta que alimenta de forma ideal a ansiedade do telespectador pelo próximo Episódio.
Se começar, porém, a ser (re)exibida diariamente, perderá seu ar de glamour, tornando-se algo comum e perigosamente chato.
Em atitudes como estas, a Record acaba merecendo o apelido de Recópia.
A SÍNDROME DA REPRISE [2]
Vale lembrar que a afobação da Emissora em lidar com seus sucessos vem de longa data.
Quando o Ibope é bom, a Record investe de forma tão exagerada no produto que acaba (por falta de uma palavra melhor) enjoando seu público.
Vide, por exemplo, A Fazenda, que , quando exibida, se torna tema de todos os programas da Emissora e ainda é reprisada dentro do Tudo a (Re)Ver.
Outro triste exemplo é Todo Mundo Odeia o Chris, uma Série excelente que acabou se tornando folclórica (ou simplesmente chata) pelo excesso de repetições (incríveis 3 horas diárias).
Infelizmente, a Record parece não precisar da ajuda da Globo para transformar seus sucessos em fracassos.
O BRADO RETUMBANTE
Apesar do baixo Ibope, O Brado Retumbante terminou com um belo episódio e merece reconhecimento por seu texto inteligente e diferenciado.
Domingos Montagner, porém, não conseguiu fazer com que o telespectador vibrasse e se apaixonasse por Paulo Ventura. O ator pareceu ser muito menor do que seu personagem.
José Wilker, por exemplo, na pele do ministro corrupto, acabou se sobressaindo mais do que o protagonista.
SEM MÁSCARAS NOVAS
Lauro César Muniz foi o autor responsável por duas das melhores novelas da história recente da Record: Cidadão Brasileiro e Poder Paralelo.
Máscaras, nome de sua próxima novela que sucederá Vidas em Jogo, provavelmente possuirá o mesmo padrão de excelência.
Um fato, porém, é curioso: Nenhum (ZERO) ator ou atriz vindos da Globo foram contratados para a nova novela.
Nos últimos dois anos, com tramas longas e horários instáveis, a Record parece não conseguir mais atrair grandes estrelas, que preferem a geladeira da Globo do que “aventurar-se” na Emissora.
Triste para o telespectador que vê boas tramas (como as de Lauro) sem um Elenco muito grandioso.
E O VENTO LEVOU…
Vale lembrar que Marcelo Serrado, o Crô de Fina Estampa, e atualmente o ator de maior sucesso do Brasil, brilhou na Record com grandes papéis em Vidas Opostas e Poder Paralelo.
Gabriel Braga Nunes, brilhante em Essas Mulheres e Poder Paralelo, também se destacou na Globo no ano passado.
Estes são apenas exemplos de grandes atores que a Record fez brilhar, mas foi incapaz de segurá-los…
FÁTIMA x ANA
Fátima Bernardes e seu novo programa estão chegando aí e a Record parece despreparada para enfrentá-los.
O Hoje em Dia, visivelmente “cansado, provavelmente perderá público para Fátima.
Uma bela saída (talvez a única) seria fazer com Ana Paula Padrão, que há anos demonstra ser muito mais do que uma simples Âncora, o que a Globo fez com Fátima.
Ana é uma das poucas a unir duas importantes características: Carisma e credibilidade.
Com um programa que mesclasse entretenimento, jornalismo, talk-show e reportagens especiais, Ana Paula poderia restaurar o Padrão de dignidade das manhãs da Record.
RISOS OPOSTOS
É curioso ver como o Humor da TV se divide em dois polos:
De um lado, o Humor Clássico, com personagens antigas e esquetes conhecidas: Zorra Total e A Praça é Nossa.
Do outro, o Humor Moderno, com ousadia (às vezes até demais) e que ri de si mesmo: Pânico na TV e Legendários.
E então, qual deles te faz rir mais?
SIMPLESMENTE GENIAL
Uma novela sem gênios do crime, peruas histéricas e personagens fantasiosos.
Uma novela sem assassinatos, ganhadores de loteria e pornografia.
Uma novela de personagens complexos, atuações maravilhosas e enredo simplesmente arrebatador.
Esta é A Vida da Gente, um exemplo de que é possível sair do lugar-c0mum de mocinhas e vilões e permitir que o cotidiano dos personagens se encarregue de nos contar a história…
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